segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ética - segunda parte

As drogas


A liberdade é um estado de espírito maravilhoso, absolutamente necessário a qualquer ser humano inteligente. Vícios, dependências, manias, comportamentos padrões restringem a liberdade, mas são opções de vida que devemos respeitar. Vivendo em sociedade somos obrigados a fazer concessões. Simplesmente já nascemos com inúmeras limitações, vale a pena aumentá-las?
A utilização de drogas cresce e outras acontecem sem atenção, como é o caso das bebidas alcoólicas.
O pesadelo das drogas sociais, outras discretas, muitas secretas e até medicinais são o nosso cotidiano. Muitos não percebem sua existência, pois como é o caso do tabaco e da bebida alcoólica fazem parte de nossa história. Os efeitos maléficos do cigarro e similares só agora são uma certeza. Venenos lentos que viciam são extremamente perigosos.
A sociedade em geral agora assume preocupações que não existiam.
Sempre é bom lembrar que até o século 19 da era cristã a humanidade era, em geral, propriedade de algumas famílias. Os sistemas monárquicos com o apoio de instituições religiosas e militares impunham ao povo o que bem entendessem. Eram pouco mais do que “coisas” consumíveis. Os efeitos dessas formas de organização social se estenderam ao mundo burguês, onde o sangue azul deu lugar ao ouro e prata de capitalistas, agiotas, especuladores e latifundiários.
As Guerras do Ópio (Guerras do Ópio) e o imperialismo brutal servem de exemplo da primariedade de povos que se diziam desenvolvidos.
A luta pelos direitos dos trabalhadores e do ser humano em geral até hoje despertam fortes rejeições daqueles que afundaram na lama de ideologias conservadoras.
As pessoas tinham vida curta, as epidemias e as guerras eram monstruosas, tudo conspirava contra a sanidade social.
Fantasticamente estamos mudando, ou melhor, nossos descendentes poderão ter uma vida melhor, principalmente num país distante das taras europeias e asiáticas.
Algo que é fundamental compreender é que só no século 21 a longevidade, ou melhor, viver em média mais que cinquenta anos tornou-se realidade nos países mais desenvolvidos e em alguns lugares muito especiais.
A “terceira idade” moderna é um cenário emergente na maioria dos países.
A quantidade de idosos cresce continuamente, assim como de pessoas dependentes de inúmeras drogas para a própria sobrevivência.
Nesse século a Medicina terá um arsenal de remédios, calmantes, relaxantes etc. que também poderão viciar. Até curando pessoas poderemos estar produzindo dependências perigosas.
Neste cenário as substâncias absolutamente agressivas ao ser humano, conhecidas como drogas [ (Drogas), (Terra)], vieram para ficar, pelo menos até que alguma indústria ou governo decida investir para valer em pesquisa e desenvolvimento de produtos que provoquem rejeição a essas porcarias e sejam úteis à nossa saúde física e mental.
Isso é possível, mas interessa à indústria do crime e da Justiça?
Enquanto não evoluímos de forma inteligente na inibição de vícios degradantes o que podemos fazer á educar e aprender a se defender dessas pragas.
Para entender podemos começar com um digrama apresentado pela Wikipédia:

Drogas, danos físicos – dependência



Esse diagrama mostrado acima é o resultado de muitos anos de avaliações de diversas fontes e diz muito, merece atenção. Infelizmente novas drogas aparecem sempre, complicando tremendamente a inibição a seus usos.
Outras fontes trazem detalhes organizados em gráficos e diagramas [ (Revista Época 63), Podemos, portanto, mergulhar no mundo das drogas conscientemente ou, principalmente em momentos de relaxamento moral muito bem ilustrados no filme “O Lobo de Wall Street”(Scorsese, 2014), onde vemos o personagem principal experimentar o crack, induzido por um “amigo”, e não saindo mais desse circuito, até a própria destruição social e econômica, parando num presídio federal dos EUA. Nessa etapa perdera família, amigos (que acabou traindo), amor próprio, saúde etc.
A situação mais covarde e perigosa é a que envolve crianças e jovens. É um tremendo desastre com muitas explicações. Absurdamente percebemos que quase nada é feito pelo Governo, entidades privadas, ONGs, maçonarias etc. De modo geral todos param no discurso vazio.
Os crimes facilitados pelas drogas compensaram?
Com certeza a utilização de substâncias legais ou não para relaxamento, desinibição, estímulos intelectuais não é por si só algo tão grave a ponto de condenar a pessoa ao inferno (Brum, 2010), mas a estratégia de combate ao tráfico desses produtos criou uma indústria e comércio criminosos (que talvez não existissem se houvesse maior liberdade (Duarte, 2013) e (Niven, 2011)). Falta lugar nas penitenciárias, vigilância e policiamento para sustentação de uma política puritana. Infelizmente podemos acreditar que se as piores quadrilhas perderem este “filão” procurarão outro objeto de trabalho.
A organização de atos agressivos para roubar e dominar é algo tão antigo quanto a própria humanidade, afinal, não seria isso que os europeus fizeram ao chegar ao “novo mundo” e o que aqui faziam aqui as nações pré-colombianas entre si? O conceito de crime veio aos poucos com a evolução de um comportamento de mútuo respeito entre seres humanos e comunidades.
A produção e comercialização de drogas é algo hediondo nessa fase de nossa história, pois agora sabemos de toda a virulência desses venenos, ou seja, é o comércio da morte.
De qualquer forma o problema foge nitidamente ao controle de nossas autoridades e merece uma estratégia mais inteligente de contenção, mais ainda num país em só parte de suas crianças têm o privilégio de estudar em escolas bem montadas e as creches são um luxo raro para o povo mais humilde, sem esquecer as dezenas de milhares de quilômetros de fronteiras e praias e a dispersão de nosso povo.
O pior, contudo, é constatar que simplesmente a situação das crianças brasileiras não comove nossa burguesia material e intelectual. Chegamos a um tremendo grau de artificialismo emocional. Os rituais substituíram as ações, são menos perigosos.
Pior ainda, a fragilidade das classes sociais mais pobres e a mercantilização da Justiça cria um cenário de perversões incríveis. É importante lembrar as razões para mudanças que aconteceram e começam a se ampliar [(Cascaes, Drogas e drogas, 2014), (Política holandesa sobre drogas)] podendo atingir níveis insuportáveis.
Não temos pena de morte nem processos tão rápidos quanto necessários, os bandidos os têm. Diariamente fazemos mais e mais leis inúteis, falta o essencial, a autoridade e eficácia de nossas instituições.
Nossa legislação e jurisprudência criaram um marco pueril, definindo um número de anos, meses e dias que separam o jovem infrator do adulto criminoso. Nossos legisladores não foram capazes de elaborar algo melhor, assim colocaram nas mãos dos grandes traficantes milhões de jovens inimputáveis (e influenciáveis) até completarem exatamente 18 anos de vida biológica.
A importância da Holanda nesse padrão de política merece análise e transcrição de seu site oficial:
“Os Países Baixos são famosos por sua política de tolerância às drogas. Mas, muitas pessoas não sabem que, na verdade, drogas são ilegais nos Países Baixos. Entenda a política de drogas do país para evitar problemas no futuro.
Todas as drogas são proibidas nos Países Baixos. É ilegal produzir, possuir, vender, importar e exportar drogas. No entanto, o governo criou uma política que tolera o uso de maconha em alguns termos e condições específicos.
Cafés
Cafés podem vender apenas drogas leves e não mais que cinco gramas de maconha por pessoa por dia. Os cafés são regulados por leis rígidas, que controlam a quantidade permitida de drogas leves e as condições nas quais podem ser vendidas e usadas. Os cafés não podem fazer publicidade das drogas. Pessoas com menos de 18 anos não podem comprar drogas e não podem entrar em cafés.
Política de drogas
A política de drogas nos Países Baixos visa: reduzir a demanda por drogas, o fornecimento de drogas e os riscos aos usuários, a seu ambiente e à sociedade.
Os holandeses reconhecem que é impossível proibir as pessoas de usarem drogas totalmente. Por isso, os cafés têm autorização para vender pequenas quantidades de drogas leves. Essa abordagem pragmática faz com que as autoridades possam se concentrar nos grandes criminosos, que lucram com o fornecimento de drogas pesadas.(destaque nosso)
Fatos
A política holandesa sobre drogas tem tido certo sucesso em comparação às políticas de outros países, especialmente em relação à prevenção e cuidado. O número de usuários dos vários tipos de drogas não é maior que em outros países, enquanto o número de mortes relacionadas às drogas, de 2,4 por milhão de habitantes, é o menor da Europa. 
O melhor é não usar maconha. Se você estiver planejando fumar maconha, informe-se para não ter problemas. Saiba quais são os riscos e os efeitos da droga leve. Para obter mais informações sobre a política holandesa, procure oMinistério da Saúde, Bem-Estar e Esportes.”

Podemos afirmar por tudo o que aprendemos ao longo de décadas de existência viajando muito, convivendo com todo tipo de gente e situações, é a de que os vícios, principalmente de substâncias que usamos rotineiramente sem restrições legais ou não, são tremendamente prejudiciais. Ou seja, tudo se agrava com a dependência, a impossibilidade de não usar algo que não é saudável.
O desafio dos pais e responsáveis por pessoas ainda imaturas é o estabelecimento de uma estratégia inteligente de educação. É um processo difícil, pois a mídia comercial tem na propaganda direta e indireta de hábitos nocivos ao ser humano uma tremenda fonte de renda.
Naturalmente as empresas que têm custos elevados procuram recursos para existirem. Isso nós vemos até em clubes de serviços, ONGs e entidades que se declaram combater os vícios. No desespero de mostrarem “boas atividades” aceitam dinheiro e apoio de pessoas e entidades quase criminosas, assim como de associados visivelmente comprometidos com “esquemas” impublicáveis.
Os mais velhos nasceram e cresceram em um país onde o consumo de cigarro e bebidas era fator de distinção entre jovens e adultos. E agora?
Em torno do combate aos vícios e produtos que destroem a saúde física, mental e social das pessoas há muito a ser discutido.
Nesse projeto devemos relembrar os ensinamentos de Michel Foucault ao tratar de filósofos cínicos, principalmente, que ele exaltou e mostrou valores maiores. Na última fase de sua vida batalhava para promover atitudes sociais e firmes.
A coragem da verdade e a determinação de lutar pelo aprimoramento da vida são disposições complexas e difíceis, mas organizáveis e Foucault as defendeu de forma brilhante. Um filósofo diferente, atento à vida e procurando na Filosofia e na História da Humanidade razões para acreditar no futuro...
Os profetas também assim o fizeram, mas alicerçaram seus ensinamentos no temor a Deus. Era até fácil, a vida era curta, a convivência com a morte uma rotina. À medida, contudo, que a Humanidade perde esses temores e ganha confiança, os seres humanos se dispersam e enveredam por caminhos frívolos e inúteis (Ferry, 2006). Chegamos a novas propostas simplificadoras, bem colocadas por Pierre Zaoui em (A Filosofia Francesa Depois de Maio de 68 - Pierre Zaoui ). Nós, brasileiros, sentimos um imenso vazio sofregamente ocupado por novas religiões, talvez incutindo em nossos jovens uma cultura de exclusão assustadora.
Como dizer simplesmente que a vida poderá vir a ser um inferno aqui na Terra se cuidados permanentes contra os maus hábitos não forem assumidos?
O que dizer para pais e mães, educadores e lideranças eventuais que o exemplo é fundamental? Que podem estar destruindo as pessoas que amam e querem proteger?
Que devemos construir um Brasil a partir de investimentos pesados da proteção e educação de crianças e jovens?
Temos excelentes trabalhos que merecem atenção e colocados no blog (Cascaes, Mirante da Educação), merecem ser lidos e ouvidos com atenção.





Limites humanos, profissões, carreiras, subir descer montanhas sem cair?


Qual é o limite de coerência e de competência de qualquer ser humano?
Existe o superhomem ou a supermulher?
Alguém é perfeito?
Podemos manter permanentemente a vitalidade juvenil?
O envelhecimento[1] significa o quê?
Obviamente não; todos têm limitações e a capacidade e competência de qualquer “homo sapiens sapiens” segue um gráfico com eixos e parâmetros bem definidos. O envelhecimento sinaliza limitações que fogem à percepção da maioria das pessoas, criando situações constrangedoras e perigosas.
Com certeza a evolução da Medicina promete soluções mágicas, mas até elas chegarem a bons padrões haverá necessidade de muitos cuidados (Cascaes, Os idosos no Brasil).
Ao longo da história, principalmente nessas últimas décadas, pessoas que começaram com propostas morais, políticas, sociais e familiares mostraram que a vida é de fato um enredo de teatro ao longo do qual encenamos peças difíceis, terminando, muitas vezes, em comportamentos típicos de tragédias gregas[2] ou brasileiras, simplesmente. Ou seja, o famoso “amadurecimento” parece ser sinônimo de hipocrisia e cinismo da pior espécie.
Grandes filmes mostram pessoas ilustres no ocaso de suas vidas, poucas mantiveram a dignidade e qualidade de seus discursos mais lúcidos. Outras amargaram isolamentos dolorosos (Le Promeneur du Champ de Mars ) e (O general em seu labirinto, 2014).
Vencedores que têm sucesso em suas carreiras souberam escalar montanhas e também aprenderam a descer delas, se souberam manter a dignidade no ocaso de profissões e vidas (Cascaes, Saber envelhecer , 2013).
A democracia[3] criou uma oportunidade muito especial de se entender até onde os líderes conseguem manter confissões éticas e quanto conseguem suportar quando seus interesses pessoais, vícios e convicções íntimas as governam. Mais ainda, é muito evidente a degradação quando no ápice de suas posições, mostrando que de fato o Poder corrompe (Cascaes, A favor da democracia no Brasil).
A força pessoal é sempre testada em qualquer lugar, da família à empresa, em clubes e partidos políticos, inclusive em sociedades religiosas.
Somos “humanos, demasiadamente humanos” (Nietzsche).
O que isto significa quando pensamos em ética e moral?
A angústia e estados depressivos aparecem, são doenças psicossomáticas[4] que surgem quando contrariamos o que acreditamos sinceramente.
Algo simples e elucidativo está nos ensinamentos de Sigmund Freud ao mostrar como o nosso comportamento reage ao nosso íntimo, nossa educação, ao diagramatisar nossas decisões como uma divisão entre os três segmentos de influência e decisão comportamental:
Da Wikipedia temos:
Id, ego and super-ego are the three parts of the psychic apparatus defined in Sigmund Freud's structural model of the psyche; they are the three theoretical constructs in terms of whose activity and interaction mental life is described. According to this model of the psyche, the id is the set of uncoordinated instinctual trends; the super-ego plays the critical and moralizing role; and the ego is the organized, realistic part that mediates between the desires of the id and the super-ego ( Snowden, Ruth (2006). Teach Yourself Freud. McGraw-Hill. pp. 105–107. ISBN 978-0-07-147274-6). The super-ego can stop you from doing certain things that your id may want you to do ("The Super-ego of Freud." "http://journals1.scholarsportal.info.myaccess.library.utoronto.ca/tmp/).
Even though the model is structural and makes reference to an apparatus, the id, ego and super-ego are functions of the mind rather than parts of the brain and do not correspond one-to-one with actual somatic structures of the kind dealt with by neuroscience.
The concepts themselves arose at a late stage in the development of Freud's thought: the "structural model" (which succeeded his "economic model" and "topographical model") was first discussed in his 1920 essay Beyond the Pleasure Principle and was formalized and elaborated upon three years later in his The Ego and the Id. Freud's proposal was influenced by the ambiguity of the term "unconscious" and its many conflicting uses.
Isso ilustra o que desde Freud sabemos; temos uma “voz da consciência” e outras mensagens que simplesmente mal percebemos. Nossos ilustres chefes e as Suas Excelências, tão humanos quanto todos nós, também as têm. A demonstração é a figura até patética que percebemos entre pessoas que se julgavam acima das leis humanas ou assumidamente se afastam de discursos antigos.
Precisamos, portanto, principalmente diante daqueles a quem amamos, praticar a honestidade intelectual, um imperativo categórico[5] (Kant por Fernando Savater La aventura del pensamiento avi.) dominante, ou pelo menos desejável. O exercício do diálogo sincero, franco, é um tremendo filtro de amizades.
O relacionamento conquistado com base em mentiras é frágil, pode se transformar em ódios irreversíveis.
Ter amigos e amigas dispostos a conversar com sinceridade é um privilégio inestimável. Eles nos ajudam em momentos importantes, pois, afinal, quais são os nossos limites?
Exatamente por termos limitações e desconhecermos plenamente a nós mesmos é importante alguns cuidados diante de decisões que afetarão nossa vida inteira.
A prudência sugere autocríticas e leva à percepção de que tudo o que pretendemos poderá não acontecer. Isso é perfeitamente normal, mas a vaidade e a ingenuidade bloqueiam análises pessoais importantes.
Todos, vivendo muito, passarão por momentos extremos em todos os sentidos.
Como enfrentaremos as adversidades? Elas são inevitáveis, a menos que sejamos os primeiros das listas do cemitério.
E no início de nossas vidas profissionais? As dúvidas costumam ser enormes.
O que realmente desejamos ser? Felizes, no mínimo.
O que podemos alcançar, conquistar? Proteger? Cuidar? Ter?
Aqueles que dependem de nós precisam da força e competência que tivermos. Colocá-los em risco, sabendo que não suportaremos derrotas, é uma tremenda irresponsabilidade. Por outro lado devemos treiná-los, prepará-los para os momentos ruins.
O ser humano que se fragiliza torna-se parte dos problemas da vida dos demais, muitas vezes exigindo atenção que seria necessária a pessoas amigas que realmente precisam de todos.
É uma cena típica de grandes acidentes ver indivíduos que deles saíram ilesos criarem pânico, confusão, exigirem atenção enquanto à volta deles, às vezes por falta de alguns segundos de cuidados, acabam morrendo ou agravando suas lesões.
Sempre a avaliação de cenários e análise de prioridades é essencial a qualquer líder.
Podemos escolher, ser grande ou pequenos, frágeis ou fortes. Isso depende muito mais de nosso caráter do que exatamente da riqueza material ou força física.
Construímos nossas capacidades e competências ao longo de nossa existência. O capricho nessa obra compensa.
Entre as muitas decisões que devemos tomar está a vida profissional.
A opção por uma profissão é algo de extrema importância na vida de qualquer um. Cada atividade profissional exige um padrão mental, físico, comportamental e moral. Um jovem desenvolve seus desejos pelos exemplos familiares e diante do que a Mídia, amizades e escolas ensinam.
É importante compreender que a opção de emprego, empresa, submissão ou não etc. afetam o relacionamento familiar. O casamento normalmente acontece em momentos de paixão, a vida mergulha o casal em rotinas pesadas.
Tanto sob o ponto de vista social quanto familiar o compromisso de trabalhar e sustentar famílias exige muito de todo ser humano, mais ainda quando tem pretensões maiores.
Muitas vocações e profissões não têm visibilidade adequada. As percepções podem enganar e insinuar caminhos equivocados. Por isso tudo é importante e o apoio de especialistas, se possível, na hora de adotar um circuito que levará ao diploma é aconselhável quando possível.
Infelizmente os vestibulares testam conhecimentos, não avaliam e selecionam de acordo com vocações em potencial.
Lamentavelmente os testes vocacionais[6] saíram de moda, ou melhor, poderiam ser mais valorizados e aperfeiçoados. Eles existem na admissão a empresas, mas aí o candidato já terá perdido muitos anos em alguma escola profissionalizante.
Na maioria dos vestibulares, o que vale é a capacidade de memória e o volume de conhecimentos.
Diplomas confundem, dão a percepção de que o jovem ou adulto pode fazer e quer. As frustrações serão violentas se ao longo da vida o candidato a alguma profissão perceber que não alcança o nível desejado ou terá feito opções que não gosta. Recomeçar frequentemente é mais saudável do que insistir em caminhos errados, com a vantagem de partir com uma formação que os companheiros da futura profissão raramente terão.
Felizmente vivemos numa época em que refazer a vida profissional (inclusive com o Ensino a Distância) é possível, assim como todas as outras.
A rigidez de compromissos típicos de antigamente deu lugar a uma sociedade dinâmica, que, entretanto, cobra um preço elevado no relacionamento familiar, onde os prazos e compromissos são bem concretos e de extrema importância para as pessoas que dependem de nós.
É, portanto, essencial saber que potencial temos e o preço que estamos dispostos a pagar na conquista de uma carreira. Graças à internet existem portais que dão um apoio que poderá ajudar muito [ (Teste Vocacional), (Testes profissionais), etc.], isso sem falar de especialistas nessa arte do bem querer uma profissão.
Nem sempre existe sinceridade na oferta de oportunidades de trabalho assim como naturalmente criamos imagens que talvez não interessem aos empregadores. Frequentemente as opções não satisfazem o ambiente social em que vivemos. O corporativismo bloqueia análises que poderiam ajudar muito; podemos enfrentar a resistência de pessoas que se encontram em espaços que não são capazes de sustentar.
Em qualquer atividade humana as barreiras explícitas e discretas afetam o trabalhador. Note-se que obstáculos existem para serem vencidos ou aceitos. Tudo depende de nossa capacidade de enfrentá-los.
No Brasil o debate em torno do atendimento médico (Programa Mais Médicos) foi antológico. Revelou um comportamento e situação de atendimento que poucos brasileiros que vivem em grandes cidades conheciam. Apesar de muitas faculdades de Medicina mantidas pelos contribuintes os resultados a favor do povo brasileiro e do cidadão comum são pequenos. A importação de médicos e o compromisso deles de trabalharem onde nossos profissionais não aceitam viver foi a revelação de que muito precisa ser corrigido.
O que sabemos, mesmo com todos os benefícios razoáveis de uma família “classe média” vivendo em um centro com muitos recursos, é que não é difícil encontrar profissionais sem vocação, apesar de eventualmente serem bem preparados. Um profissional desmotivado é perigoso, mais ainda quando lida com pessoas eventualmente no limite de resistência.
A opção errada de vida gera prejuízos para todos, possivelmente maior para aqueles que erraram ao escolher uma profissão, uma cidade para viver, amigos etc.
O desprezo pela realidade é um erro primário.
E os vícios culturais e comportamentais em família?
Viver alienadamente é muito mais “gostoso” do que enfrentar a realidade. Talvez por consequência de milhões de anos extremamente difíceis o ser humano evoluiu, mas transformou-se reforçando um padrão de comportamento alheio ao ambiente em que existe.
Um dos vícios culturais mais desastrosos é o desprezo pela prudência financeira.
Inacreditavelmente casais mimados esquecem custos e benefícios de suas atividades. O que aprendem? O que podem provocar?
Como dissemos o exemplo é fundamental, educamos principalmente mostrando pelas nossas atitudes o que deve ser feito.
A diferença entre casais responsáveis e outros é impressionante, principalmente na educação dos filhos.
Disciplina, higiene, segurança, planejamento de vida, cuidados e valores bem transmitidos evitam desmontes que acontecem com facilidade quando os pais fogem da compreensão de suas limitações.
A felicidade não se conquista com facilidades.
Ao contrário, deve-se valorizar cada conquista. Talvez um dos grandes equívocos de qualquer casal já comece na famosa “Lua de Mel”, frequentemente relativamente deslumbrante para ao retorno enfrentarem o choque de realidade criando frustrações que poderão perdurar e destruir um casal.
Existem limites que educam, excessos que desmoralizam, deseducam.
Tudo, em tudo, sempre e em qualquer atividade devemos respeitar limites de prudência ou ter consciência do que a derrota significará.
A pior derrota é a luta que se perde em batalhas subdimensionadas... A burrice dói quando a percebemos.
Ser feliz significa equilíbrio emocional, estar de bem com a vida. Momentos de muita alegria são insustentáveis, mas inesquecíveis quando merecidos.
Temos limites até para o prazer.





Paradigmas modernos

Participamos de uma inspeção de um prédio; entre nós um senhor humilde e mal vestido era o mestre pedreiro que apoiava os engenheiros e vendedores. Ninguém se interessou pela personalidade, pela vida daquele senhor que construiu a partir do zero uma carreira honesta, com certeza inúmeras vezes arriscando sua vida. Seu salário? Não tivemos coragem de perguntar, deve ser ridículo em relação à importância de suas atividades.
Será que seus filhos sabem quanto o pai é valoroso?
O Ministério do Trabalho e os sistemas de saúde têm estatísticas dos heróis do trabalho. Anualmente, principalmente pelo desprezo de seus patrões, centenas de milhares de brasileiros sofrem acidentes graves, morrem ou ficam com lesões permanentes em atividades de risco e insalubres. Formam um contingente de heróis na luta pela construção do Brasil, existe algum monumento ou praça, ou museu dedicado ao trabalhador anônimo que fez, constrói e trabalhará pelo Brasil?
As lutas ideológicas e principalmente o pavor das elites de que o cidadão honesto, comum, trabalhador e dedicado a uma profissão produtiva ganhe destaque explica muito da alienação a seus valores. Ao contrário, interessa a quem manda a alienação, a dispersão de atenção fora do horário do trabalho.
Até poucos tempos passados só os profissionais das guerras imperialistas mereciam respeito, afinal davam a vida em favor dos interesses alheios às suas necessidades...
Felizmente os tempos mudam. Atualmente em qualquer residência os seres humanos descobrem a importância do bom eletricista, encanador, pintor, do artífice ao profissional de nível superior que falhando transformará a vida da família em um pesadelo.
Em países mais desenvolvidos descobrimos museus fantásticos dedicados ao trabalho, à tecnologia, ao resultado de inovadores, inventores e sábios. As bibliotecas e museus tecnológicos são templos do conhecimento e dentro deles encontramos trabalhos interessantes e guias escolares mostrando a seus alunos o que encontram e explicando para quê existem.
De qualquer maneira o famoso “mercado” descobriu que a contracultura dá dinheiro, principalmente se dirigida aos jovens.
Vivemos uma época em que a grife ganhou uma importância tão grande que até nossas madames gostam de servir de outdoors. Jogadores, esportistas e atletas ostentam marcas de produtos industrializados. Os patrocinadores da mídia viabilizam programas imensos e vazios. Os especialistas em merchandising trabalham para esvaziar a mentes e encher corações de banalidades..
O que nos preocupa é o que constatamos pessoalmente fazendo enquetes em bairros mais humildes: a maioria dos jovens quer ser jogador de futebol. E se não forem? Continuarão fascinados com as riquezas e poderes de seus ídolos? Pensarão em outras profissões? Terão orgulho de suas opções não esportivas? Serão competentes? Vão aderir ao ganho fácil da criminalidade?
Parece que instintivamente percebem, gradativamente e talvez tardiamente, que poderão ser tão vazios quanto as bolas que chutam. A vida adiante dará um choque de realidade e a percepção do tempo perdido.
Precisamos promover a honestidade, não?
As manifestações contra a corrupção ganham força e esperamos que continuem se avolumando. Mais importante seriam atos de vergonha nacional; o dia da vontade de trabalhar merece ser criado. Que as profissões, trabalhadores e suas corporações já com dias consagrados gastem esses momentos promovendo suas carreiras, especialistas, seus heróis e mártires.
Exemplificando, sempre que passamos por Itajaí, Santa Catarina, lembramo-nos do cidadão que morreu fechando válvulas de um terminal de gás que, incendiado, explodiria boa parte da cidade. Será que seu nome é relembrado anualmente?
No Setor Energético colecionamos vítimas. Os museus das concessionárias não fazem referência a esses heróis...
Algum sindicato tem galerias e museus mostrando seus grandes profissionais e suas qualidades? Quando muito aparecem em revistinhas de uso exclusivo dos seus associados, quanta alienação!
Nossas cidades se preocupam em valorizar os bons profissionais? Esquecem que a notoriedade e seus predicados dependem de idealistas, planejadores, construtores e operadores excepcionais? Naturalmente existem exceções, são poucas, contudo.
Com certeza isso existe, ainda que residualmente. Muitas ruas e praças têm nomes de professores e de outros profissionais; nelas descobrimos porque assim são denominadas?
Precisamos de circos, arenas, coliseus e gladiadores, gostamos atavicamente de acreditar que temos algo em comum com essa gente que corre atrás de um esférico. Ganhamos anéis de concreto monstruosos. As cidades passam a ter coisas “arquitetônicas” como se fossem bolhas de insanidade além das famigeradas “torcidas organizadas”.
Agora só falta construirmos imensos hospitais, escolas, boas creches e em número suficiente, fábricas, ateliês, objetos educativos e cidades decentes. Aproveitando o que precisamos fazer vamos trabalhar para valorizar nossos cientistas. Há muito a ser feito.
A propósito, quem sabe o nome e a vida dos valentes lutadores e pesquisadores contra nossas endemias? Quem foram aqueles que de fato viabilizaram a agroindústria no Brasil? Onde estão e os nomes dos técnicos e engenheiros que nos deram a infraestrutura energética de nosso país?
Está na hora de descobrirmos o Brasil que trabalha, estuda, luta pela construção de nossas vidas.
Nos finais de semana, em momentos de alienação saudável e necessária, vamos torcer pelos nossos times. Cuidado apenas para não engordar comendo salgadinhos e tomando bebidas alcoólicas, principalmente estas, patrocinadoras dos circos de concreto e espetáculos que estão inaugurando.
Nossos heróis serão modelo para nossos filhos...




Acreditar


Quando pensamos, escrevemos e conversamos sobre ética o ponto essencial na base de qualquer pensador é o que ele acredita, o que realmente aceita honestamente como base de seus pensamentos.
Na história do ser humano (e de seus “pensadores”) esse animal eventualmente racional saiu de uma situação sem esperanças, sem maior confiança na sua sobrevivência, exceto, quando a tinha na força pessoal. Tudo em volta era mistério. Vivia muito pouco, com muita sorte chegaria a duas décadas de existência. Sobrevivia em ambiente totalmente hostil.
O medo governava a vida desses jovens envelhecidos precocemente.
Gradativamente, nos lugares mais seguros e férteis, a sociedade humana ganhou longevidade e começou a acumular conhecimentos. O medo aos poucos ganhou o suporte do misticismo, gerou rituais, altares, sacrifícios, deuses e religiões.
A necessidade de sobrevivência era uma imposição dos indivíduos, famílias, tribos e nações. Isso significou a criação de padrões sociais, religiosos e a organização formal do pensamento humano.
A genialidade de alguns com certeza sempre esteve muito acima da média de qualquer ser humano na capacidade de raciocinar e acumular conhecimentos. Assim a mediocridade e o pragmatismo político em suas formas ao longo da história geraram modelos de poder e de convencimento (eventualmente sob pena de extermínio, fogueiras, apedrejamentos etc.).
Não podemos nunca esquecer que o cérebro é um componente fantástico que em algumas pessoas funciona de forma extraordinária. É um privilégio, simplesmente. Questionar pessoas muito inteligentes é um desafio que exige humildade daqueles que discordam desses gênios.
Tudo e mais, talvez, lógicas darwinistas deram condições de sobrevivência às pessoas mais servis entre as quais, eventualmente, ganhamos gente corajosa e disposta a discordar. É uma espécie frágil diante da maioria normalmente silenciosa, mas disposta a queimar livros e pessoas quando encontra alguma razão, por mais idiota que seja.
A seleção natural deve explicar a quantidade de seres humanos que simplesmente “acreditam”...

Algo interessante é sentir a importância que a maioria das pessoas dá à afirmação: “eu acredito em Deus”. Pior ainda, dizem acreditar em qualquer coisa que não entendam ou que tenha merecido algum destaque na mídia ou no bando.
Pode-se afirmar sem grandes preocupações que o ser humano é um animal eventualmente racional, quando o é.
Pensar dói, incomoda.
A natureza selvagem do pretensiosamente denominado “homo sapiens sapiens” persiste e é natural, fácil de manter. Assim as pessoas reagem, raramente pensam. Isso é fácil de perceber diante dos telejornais, geram comoção em certos casos, sejam ou não muito raros.
É extremamente difícil debater objetivamente assuntos que estejam fora de conveniências fortes de qualquer indivíduo. Quando queremos conversar sobre ética e religião, pior ainda. Daí o conselho: não discuta religião, por quê?
A religião é um bálsamo à vida de pessoas que anseiam por ser, estar, sobreviver. Ela simplifica tudo. A convicção inibe o debate, a dúvida, ou para ser mais precisos, não admite dúvidas.
Todas as convicções foram talvez necessárias. Serão eficazes no século 21?
Por que acreditamos?
A sensação que temos é a de insegurança generalizada e o desespero estimulado pelo medo do desconhecido, assim como a vontade absoluta de continuar vivendo após a morte terrena, se possível em algum paraíso ou em outro formato melhor.
Afinal o que é acreditar?
A favor da vontade de acreditar e suas variações temos até portais com frases clássicas em torno do verbo “acreditar” usado ostensivamente por muitos pensadores e pessoas notáveis, normalmente destacados pelos seus efeitos positivos (ACREDITAR).
Ao dizermos que acreditamos em algo, o quê pretendemos informar? O ativismo[7] social é um exemplo perfeito do espírito de torcida fanática. Pessoas aparentemente inteligentes e cultas abraçam causas fortes, eventualmente justas e necessárias, cujo cardápio a mídia de tempos em tempos desfila.
Quando o assunto é religião descobrimos inúmeras variações, a maioria em torno do medo de ofender algum ser(es) superior(es), indispor-se com o(s) interlocutor(es) e até simplesmente desconversar. Declarar-se crente foi inúmeras vezes ato de submissão pura e simples. Acreditar é um verbo tremendamente oportunista utilizado ao longo da história da Humanidade para a simples sobrevivência em momentos trágicos como, por exemplo, naqueles em que a Inquisição mandava soberanamente.
O linchamento e a condenação de hereges são até hoje práticas comuns em muitos países. A ditadura com base na defesa de virtudes impostas pelos poderosos é um pesadelo para pessoas que pretendem ser livres. O pior é a tendência à intolerância que os chefinhos, gerentes e líderes poderosos acreditam poder exercer. Com facilidade, analisando a vida da maioria das pessoas que conquistaram algum poder veremos que no fastígio da força deixam de falar com Deus, tomam seu lugar.
Dizer “eu acredito” é um ato de conforto e até de piedade em relação às pessoas ignorantes, normalmente as mais perigosas em questões religiosas. O que surpreende é notar que em pleno século 21, em países tão livres quanto o Brasil, o fanatismo gera torcidas organizadas, ou seja, gente que nem sempre é analfabeta, mas “acredita” nas virtudes superiores de seu time chegando a atitudes violentas contra aqueles que discordarem de suas convicções. Com certeza os psicólogos e psiquiatras explicam facilmente esses desvios de caráter.
Acreditar é consequência também do ato de crer[8], algo diferente, pois é um verbo mais forte. A impossibilidade de compreensão objetiva das inúmeras revelações da vida leva-nos a crer que exista algo diferente. O desafio intelectual, porém, é tão grande que induz uma pessoa que paute sua vida na honestidade intelectual e acredite na força da verdade a se declarar incapaz de acreditar simplesmente, ou seja, admite com ressalvas hipóteses que são extremamente importantes, afinal a vida é balizada pelas crenças e opções éticas e morais que aceitamos.
O que é assustador, contudo, é perceber que poderemos ser capturados por grupos de pessoas fanáticas sem possibilidade de contestação...
Acreditar é a forma que o ser humano descobriu para se equiparar aos poderosos, também.
Em qualquer grupo de militantes ou crentes sentiremos a devoção a líderes que lhes garantam privilégios. Talvez essa seja a forma mais insidiosa e prejudicial à liberdade, à democracia, à tolerância e amor ao próximo.
Com certeza os grandes jogadores do Poder querem, precisam de soldados que não os questionem, simplesmente cumpram ordens. Isso até é compreensível entre seres humanos conscientes de suas incapacidades intelectuais...
Nesse cenário a esperança é a Ciência e a evolução do ser humano fazendo-o realmente um ser racional. Isso pode gerar tensões e infelicidades, mas é uma condição de sobrevivência gradativamente maior.
Lamentavelmente a Humanidade cria uma tremenda interdependência. Essa situação logística deixa-nos reféns de povos distantes. Será que todos têm consciência disso? Ou seja, por inúmeras razões possíveis e com grande probabilidade de ocorrência poderemos ser desafiados a sobreviver após mudanças radicais.
Acreditar em milagres será inútil.
Aliás, o livro (O Enigma de Espinosa, 2013) contém muitas páginas com reflexões sobre o povo judeu, a fidelidade à sua religião e os desafios que enfrentou para sobreviver. Acreditar bastou?




Acreditar em Deus antropomórfico melhora a vida da Humanidade?


Hipóteses


1 - Deus é um conceito que remete a um ser, substância  (Yalon, 2013) ou criador absolutamente distante de nossa capacidade de compreensão.
2 – O que não compreendemos não podemos conceituar de forma objetiva.
3 – A visão antropomórfica é perigosa à medida que atribui a Deus vícios e caprichos humanos.
4 – O pensamento metafísico é inerente ao ser humano, singular, pessoal.

Tese


Para segurança e evolução da Humanidade é fundamental a consolidação de uma visão laica e objetiva do que possa ser a ética e a moral.

Ponderações


Bertrand Russell enfrentou inúmeras vezes a afirmação “se eu não acredito em Deus posso fazer qualquer coisa”. Sempre foi usada como antídoto a comportamentos de rejeição ao teísmo.
Com certeza a pessoa comum e de baixa capacidade de raciocínio poderá se deixar influenciar fortemente pelos pregadores religiosos e políticos. Isso é rotina e levou a Humanidade a inúmeras guerras, terrorismo, genocídio, xenofobia etc., pois as religiões e crenças ideológicas, versão “materialista” das religiões clássicas, foram instrumento de organização social e disciplinamento de pessoas a cargo de profetas, místicos e profissionais.
O ser humano só nesses dois últimos séculos começou a ter acesso à cultura universal e poder ler e escrever graças à multiplicação de escolas. Essa era uma exceção absoluta e pior ainda, vivia-se pouco, ou seja, raros indivíduos chegavam à idade suficiente a aprender e digerir ensinamentos éticos e filosóficos, quando isso era possível.
As religiões e ideologias totalitárias impunham ensinamentos censurados e completos dentro dos limites que lhes convinham, ou seja, era (e ainda é) proibido discordar.
A Inquisição (A Inquisição) manteve a hegemonia da Igreja Católica no mundo ocidental; o nazifascismo praticamente implodiu ao final da Segunda Guerra Mundial; os países “comunistas” gradativamente perdem a rigidez ideológica, mas a cultura comunista continua a criar campos de concentração e o fundamentalismo religioso volta a assustar os povos livres.
Temos, portanto, exemplos inequívocos dos efeitos do fanatismo religioso e político que pudemos observar ao vivo e a cores no século 20 e no atual. Não encontramos ainda nada parecido ao agnosticismo ou materialismo generalizado, pois dificilmente algum povo os adotaria como lógica geral, apesar da insistência das democracias ditas burguesas em estabelecer estados laicos.
O que podemos imaginar, contudo, é a evolução da cultura universal e da inteligência humana, chegando, quem sabe, a viabilizar a convivência harmoniosa sem o terrorismo intelectual.
É justo afirmar, contudo, que as ditaduras matam a inteligência e mediocrizam qualquer vida, exceto dos poderosos de plantão.
Lamentavelmente as ditaduras podem e existem com outros formatos. No “mundo livre” a plutocracia existe e sabe se camuflar e condundir.
E podemos viver sem crenças religiosas e convicções ideológicas?
Viver é antes de mais nada sobreviver e sucessivamente seguir ocupando espações e ganhando sentimentos tão bem ilustrados pela (Hierarquia de necessidades de Maslow, 2012). A demonstração dessa afirmação é precária e talvez baseada em pesquisa do autor; a realidade, entretanto, é a de que vamos sentindo sua pertinência à medida que vivemos e convivemos com muitas pessoas.
Nessa lógica, o que sugerir a nossos filhos e netos?
A leitura do livro (O Enigma de Espinosa, 2013) encontramos possíveis motivos para a obra (Ética - Demonstrada à Maneira dos Geômetras) cuja edição brasileira, Série Ouro da Martin Claret traz  uma introdução feita por (Huberto Rohden)[9] que é uma excelente tradução do pensamento de (Baruch de Espinoza). A definição que Spinoza faz do que possa ser entendido por Deus num enfoque mais realista é de imenso valor para entendimento de quem não admite a existência de um Criador cheio de caprichos e vontades aleatórias.
 O aspecto positivo da introdução do Dr. Huberto é chamar a atenção para a importância da bondade e do amor, algo que extrai de Spinoza[10] e que, visto a partir da natureza humana, deve dar muito mais felicidade do que o contrário (visão utilitarista?).
Com certeza todas as deduções até o desenvolvimento do conhecimento mais científico do ser humano e aí merece ser lido (Foucault, História da Loucura, 1972) tínhamos uma visão sentimental do que seriam os crimes e castigos necessários (Foucault, Vigiar e Punir) a Humanidade procurava no colo dos deuses a razão para seus comportamentos e diretrizes. Tudo era envolvido por lendas e imagens ao gosto e compreensão popular. Qualquer obra mais complexa seria inatingível pela maiorias das pessoas ignorantes.
E agora?
 Ignorância pode ser superada facilmente, no mundo da WEB é possível acessar e conhecer lugares, histórias, ciências e opiniões que eram impossíveis ai ao ser humano comum até há pouco tempo.
A Humanidade tem a bola, o campo de esportes, treinadores etc., terá condições naturais para aproveitar bem isso? Pode dispensar o medo a um ser superior?
E Deus?
Líderes, muitos talvez sábios, criaram as religiões, algumas delas extremamente bem elaboradas. Para absorver tribos, nações e a humanidade, a amplitude depende de circunstâncias estimuladoras dos sábios de plantão, inventaram Deus com características similares às do ser humano.
Na Bíblia judaica em algum lugar, provavelmente no Gênesis, está escrito que o ser humano foi feito por Deus à sua imagem e semelhança. O contrário é mais provável; assim gente ignorante, crédula, sensível e dependente passou a “conversar” com Deus.
O Criador, o Todo Poderoso com raiva, amor, senso de beleza e feiura, vingativo e capaz de dar medalhinhas tornou-se a base de empresas multinacionais, apoiadas por exércitos de fanáticos e mercenários.
Papas e similares afetaram tremendamente a história da Humanidade...
A convicção na existência de ser criador do Universo é onipresente inclusive entre cientistas e gênios da Humanidade, gente sofisticada que é capaz de mentir solenemente simplesmente declarando a fé e descrevendo a essência de Deus de forma a simplesmente identificá-lo à Natureza. A lógica moderna não consegue suportar conceitos antigos.
As grandes religiões são populares, contudo. É natural. Assim o terrorismo, o fanatismo, a censura, a injustiça existem em grande parte da Terra.
Graças a Deus?
Maravilhosamente as pessoas, o conhecimento científico e o social evoluem. Isso com certeza deve afetar conceitos pré-históricos, definições pré-científicas e arcaicas. Será?
Podemos, isso sim, intuir que existem hipóteses de sobrevivência e outros padrões naturais, tudo o que existir será natural. Quem não teria situações intrigantes para relatar?
Sempre que questionado a respeito de algum padrão de crença digo que o Espiritismo estaria muito próximo do que “sinto” existir, mais ainda após momentos incríveis de muita “sorte”. Sempre lembrando que meu pai e avô, pai do meu pai, eram eletricistas e de que tive um relacionamento muito forte com o Pedro Cascaes de que muito me orgulho fico com a impressão de que fui protegido por ele, meu pai, acima de tudo.
Acreditar é uma palavra forte e exige dados e fatos demonstráveis, de que jeito?
A invenção humana em torno de Deus e o relacionamento que possamos ter com o criador é produto de nossa extrema arrogância. Esse ser infinitesimal pretender ligações de afeto e cuidados especiais com o Criador do Universo ultrapassa qualquer limite do aceitável lucidamente. Nada impede, contudo, que outros cenários de alguma espécie de vida existam e que estejam fora de nossa percepção direta.
Nossa incapacidade de conhecimento de todos os detalhes da vida e do Universo é flagrante. Não era assim antigamente. Na simplicidade dos poucos conhecimentos humanos era fácil ter certeza de que Deus estava logo ali e todos nós muito próximos do Criador e de suas vontades.
O universo cresce sem parar em nossas contas, e estamos apenas num pontinho dele com alguns instrumentos de testes e medidas. Podemos e devemos acreditar no que estiver ao nosso alcance físico e intelectual. Como tanta gente se declara firmemente convicta da existência de Deus?
Pior ainda, acreditam em algo que nem podem sabem definir?
O pesadelo das convicções está no fanatismo, na autoflagelação e hostilização de pessoas discordantes.
As organizações religiosas agem como se fossem torcidas organizadas de times de profissionais. Os atores principais, os atletas, são mercenários. Os torcedores que se declaram esportistas ou desportistas se deixam fanatizar sem participar dos jogos efetivamente. O esporte em si é o que menos praticam. A semelhança é tremenda com as organizações religiosas. Crentes que se organizam apaixonadamente em torno de rituais e catecismos que não seguem à risca, simplesmente dizem acreditar e por essa pantomima se dispõem a perder a vida e a liberdade. Pode?
O fundamental é que todo ser humano tenha dúvida e não esconda seus pensamentos. A hipocrisia é sócia do medo. A coragem de dizer a verdade é essencial. Em torno dessa questão mais uma vez merece atenção a obra de Michel Foucault. A evolução da sociedade humana depende da honestidade intelectual e da coragem de enfrentar o que for real. Assim a (Foucault - a coragem da verdade) é o preço que assumimos quando queremos ser responsáveis e justos.
O desafio, portanto, é ser crente ou não, sinceramente acreditar ou não em Deus e poder explicar de forma satisfatória o que se entende por “Criador do Céu e da Terra”.
Algo tenebroso é a percepção de erros intelectuais, aqueles que moem a consciência ao longo da vida. Se alguém deseja envelhecer e morrer com tranquilidade deve, acima de tudo, ouvir sua consciência, pensar e analisar os efeitos sobre si mesmo de tudo o que faz. Com certeza, sendo uma pessoa sadia, terá por aí diretrizes saudáveis, dispensando medos e fobias maiores, como, por exemplo, se agrada ou não algum ser superior.






[1] O envelhecimento do organismo como um todo está relacionado com o fato das células somáticas do corpo irem morrendo uma após outra e não serem substituídas por novas como acontece na juventude. O motivo é que para a substituição poder acontecer as células somática têm de se ir dividindo para criarem cópias que vão ocupar o lugar deixado vago pelas que morrem.
Em virtude das múltiplas divisões celulares que a célula individual registra ao longo do tempo, para esse efeito, o telómero (extensão de DNA que serve para a sua proteção ) vai diminuindo até que chega a um limite crítico de comprimento, ponto em que a célula deixa de se poder dividir envelhece e morre com a conseqüente diminuição do número de células do organismo, das funções dos tecidos, órgãos, do próprio organismo e o aparecimento das chamadas doenças da velhice e não só.
Existe uma enzima natural (telomerase) em todos os organismos vivos que está encarregada de proceder à manutenção dos telómeros. Por cada divisão da célula acrescenta a parte do telómero que se perde em virtude da mesma, de modo que o telómero não diminui e a célula pode-se dividir sempre que precisa. O que acontece é que ela faz essa função unicamente nas células germinativas fazendo com que estas sejam permanentemente jovens independentemente do organismo ser já velho. Devia fazer o mesmo nas células somáticas do organismo, mas, isso não acontece. Wikipédia
[2] Tragédia (do grego antigo τραγῳδία, composto de τράγος, "bode" e ᾠδή, "canto") é uma forma de drama que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade, frequentemente envolvendo um conflito entre uma personagem e algum poder de instância maior, como a lei, os deuses, o destino ou a sociedade.
Suas origens são obscuras, mas é, certamente, derivada da rica poética e tradição religiosa da Grécia Antiga. Suas raízes podem ser rastreadas mais especificamente nos ditirambos, os cantos e danças em honra ao deus grego Dionísio (conhecido entre os romanos como Baco). Dizia-se que estas apresentações etilizadas e extáticas foram criadas pelos sátiros, seres meio bodes que cercavam Dionísio em suas orgias, e as palavras gregas τράγος, tragos, (bode) e ᾠδή, odé, (canto) foram combinadas na palavra tragoidia (algo como "canções dos bodes"), da qual a palavra tragédia é derivada. Wikipédia
[3] Democracia é uma forma de governo em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.
O termo origina-se do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou "governo do povo"), que foi cunhado a partir δῆμος (demos ou "povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século V a.C. para denotar os sistemas políticos então existentes em cidades-Estados gregas, principalmente Atenas; o termo é um antônimo para ἀριστοκρατία (aristokratia ou "regime de uma elite"). Embora, teoricamente, estas definições sejam opostas, na prática, a distinção entre elas foi obscurecida historicamente. No sistema político da Atenas Clássica, por exemplo, a cidadania democrática abrangia apenas uma classe de elite de homens livres, enquanto escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação política. Em praticamente todos os governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a cidadania democrática valia apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação completa foi conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das democracias modernas através de movimentos por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.
O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder é detido por uma pessoa — como em uma monarquia — ou em que o poder é mantido por um pequeno número de indivíduos — como em uma oligarquia. No entanto, essas oposições, herdadas da filosofia grega, são agora ambíguas porque os governos contemporâneos têm misturado elementos democráticos, oligárquicos e monárquicos em seus sistemas políticos. Karl Popper definiu a democracia em contraste com ditadura ou tirania, privilegiando, assim, oportunidades para as pessoas de controlar seus líderes e de tirá-los do cargo sem a necessidade de uma revolução.
Diversas variantes de democracias existem no mundo, mas há duas formas básicas, sendo que ambas dizem respeito a como o corpo inteiro de todos os cidadãos elegíveis executam a sua vontade. Uma das formas de democracia é a democracia direta, em que todos os cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na tomada de decisões do governo. Na maioria das democracias modernas, todo o corpo de cidadãos elegíveis permanecem com o poder soberano, mas o poder político é exercido indiretamente por meio de representantes eleitos, o que é chamado de democracia representativa. O conceito de democracia representativa surgiu em grande parte a partir de ideias e instituições que se desenvolveram durante períodos históricos como a Idade Média europeia, aReforma Protestante, o Iluminismo e as revoluções Americana e Francesa. Wikipédia

[4] psicossomática é uma ciência interdisciplinar que integra diversas especialidades da medicina e da psicologia para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das pessoas. O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho (MELLO FILHO, Júlio (coordenador); Psicossomática hoje; Porto Alegre; Artes Médicas, 1992), como "uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral". Wikipédia
[5] Imperativo categórico é um dos principais conceitos da filosofia de Immanuel Kant. Sua ética têm como conceito esse sistema. Para o filósofo alemão, imperativo categórico é o dever de toda pessoa doar conforme os princípios que ela quer que todos os seres humanos sigam, se ela quer que seja uma lei da natureza humana, ela deverá confrontar-se realizando para si mesmo o que deseja para o amigo. Em suas obras Kant afirma que é necessário tomar decisões como um ato moral, ou seja, sem agredir ou afetar outras pessoas.
O imperativo categórico é enunciado com três diferentes fórmulas (e suas variantes), são estas:
1)Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." a)Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza."
2)Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio".
3)Legislador Universal(ou da Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." a)Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins."

[6] Um teste vocacional é um teste que se realiza em pessoas para testar os interesses e aptidões a fim de indicar uma ou mais possíveis vocações e do testado. Os especialistas em orientação vocacional têm colocado em xeque a ideia convencional que se tem de vocação. Gente talentosa sempre vai existir, mas o século XXI promete abrir espaços para quem é apenas normal. Para ser bem-sucedido, melhor é ser polivalente e, mais que tudo, gostar do que faz. Os testes vocacionais são pouco usados hoje em dia. Eles podem ajudar a conhecer suas habilidades e gostos. No entanto, isso não obriga alguém a definir uma profissão só porque o teste indicou isso; os questionários são padronizados e as pessoas não. Os testes vocacionais tradicionais, que dividem o mundo em humanas e 'exatas, foram praticamente banidos. Eles se baseavam apenas nas inclinações naturais e nos temas de interesse pessoal. Wikipédia

[7] Ativismo, no sentido filosófico, pode ser descrito como qualquer doutrina ou argumentação que privilegie a prática efetiva de transformação da realidade em detrimento da atividade exclusivamente especulativa. Nesse sentido, frequentemente subordina sua concepção de verdade e de valor, segundo Sigmund Freud essa prática, que ele enquadrava no que ele chamou em sua obra "A Nova Medicina", num capítulo particular do que ele denominava de "Psicologia das Massas populares", e enquadrava com o nome genérico de Seita e de seus seguidores, pois essa prática já foi muito comum na Índia, na sua época.
imprensa por vezes usa o termo ativismo como sinônimo de manifestação ou protesto. Nas ciências políticas também pode ser sinônimo de militância, particularmente por uma causa.
Usualmente, ativismo pode ser entendido como militância ou ação continuada com vistas a uma mudança social ou política, privilegiando a ação direta, através de meios pacíficos ou violentos, que incluem tanto a defesa, propagação e manifestação pública de ideias até a afronta aberta à Lei, chegando inclusive à prática de terrorismo. Wikipédia
[8] Significado de Crer
v.t.d e v.t.i. Considerar como verdadeiro - acreditar: cremos na recuperação.
v.t.d e v.t.i. Considerar alguém sincero: cremos em você.
Considerar possível - desejar: creio que desta vez eu conseguirei um trabalho.
Imaginar ou supor: não posso crer que ele tenha assim procedido.
v.i. Ter fé, ter crenças, especialmente, religiosas.
Crer em si, ter confiança em seu próprio valor: creio em mim.
v.t.d. v.t.i. v.pred e v.pron. Imaginar, prever, considerar ou julgar: creio que ele esteja recuperado; ele crê na bondade.
(Etm. do latim: credẽre)

[9] Huberto Rohden (São Ludgero31 de dezembro de 1893 — São Paulo7 de outubro de 1981) foi um filósofo, educador e teólogo catarinense, radicado em São Paulo. Filho de Johannes Rohden e de Anna Locks. Precursor do espiritualismo universalista, escreveu mais de 100 obras (ao final da vida, condensadas em 65 livros), onde franqueou leitura ecumênica de temáticas espirituais e abordagem espiritualista de questões pertinentes àPedagogiaCiência e Filosofia, enfatizando o autoconhecimento, auto-educação e a auto-realização. Wikipédia
[10] Baruch de Espinoza1 (também Benedito Espinoza; em hebraico: ברוך שפינוזהtransl. Baruch Spinoza) (24 de novembro de 1632Amsterdã — 21 de fevereiro de 1677Haia) foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Nasceu em Amsterdã, nos Países Baixos, no seio de uma família judaica portuguesa e é considerado o fundador docriticismo bíblico moderno. Wikipédia

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